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No Dia Do Samba “Goiânia Também Tem Samba”

terça-feira, 8 de dezembro de 2009


Antes de mais nada, devemos parabenizar o Samba pelo seu dia. As autoridades entederam que esta inesgotável fonte de sonoridades, movimentos e culturas merecia ser tombada como patrimônio imaterial e o fez.

Mas, será que merecia mesmo? Uai, vamos ver. Segundo o Dicionário Grove de Música (edição concisa), o samba é uma dança afro-brasileira, sendo no Brasil uma forma de música popular. A palavra designava, originalmente, algumas danças de roda trazidas de Angola e do Congo para a América do Sul no final do século XIX.

O samba sofreu um processo de urbanização gradual, sendo que "Pelo Telefone" de 1917 é o primeiro exemplo histórico considerado. Seu compositor é Ernesto dos Santos, o Donga. Desde então o samba tomou o seu lugar e o lugar dos outros também.

Tirou os chorões de cena e reinou absoluto no proeminente mercado do disco e radiofônico, estabelecendo-se então como matéria prima bruta a vários estilos de canção brasileira.

Samba tornou-se sinônimo de diversidade. Samba de roda, samba de gafieira, samba de breque, samba-canção, samba de partido alto, samba de enredo, “pagode”, samba-choro, samba-funk, samba-rock, enfim, assunto é o que não falta quando o tema é samba.

Mas o foco deste modesto texto é O DIA DO SAMBA EM GOIÂNIA!!!
Certa vez um amigo triangulino-uberlandense (veio a passeio) me disse que não havia negros por aqui. Eu respondi que a maioria da população da nossa capital era de pele morena e que teria negros sim. Meu amigo não se satisfez e disse: “Como eu não, eu sou puro, negrão mesmo!” e ainda me perguntou se samba era algo expressivo na terra da canção sertaneja. Eu hoje responderia da seguinte maneira:

_ Aqui em Goiânia tem escolas de samba, esquecidas pelas autoridades da cultura, mas tem. Gente de pura raça e paixão, que propaga esta cultura sem apoio algum das autoridades.

_ Aqui tem samba sim porque lá no “Centro Cultural Eldorado dos Carajás” aconteceu um evento importante para reunir os sambistas da cidade, e eu estava lá.

_ Eu vi tudo de bom, me senti no Rio de Janeiro – Berço do samba. Haviam violonistas históricos de 7 cordas, improvisadores de alto nível e cantores versáteis.

_ Eu ouvi grandes clássicos do samba naquele lugar e arrepiei quando constatei que nesta terra realmente tudo dá.

O objetivo desta roda foi concretizado, pois houve uma verdadeira reunião, contando com a participação de verdadeiros representantes sambistas e iniciou-se uma primeira provocação ao movimento “Goiânia também tem samba”, promovido pelo Centro Cultural Eldorado dos Carajás”.

Gostaria de deixar os meus sinceros cumprimentos a Sr. Ana Lúcia da Silva, pois é uma figura que da espaço a todos os seguimentos culturais em Goiânia;

Ouve o que os artistas tem para falar e fazer;

Leva cultura e educação para a comunidade carente;

Reúne no mesmo espaço doutores, professores, representantes políticos e o povo no mesmo ambiente.

Hoje, o Espaço Cultural “Eldorado dos Carajás” dá liga entre o institucional e o marginalizado, entre o pobre e o rico, entre o tradicional e o novo e deve ser “descoberto” por toda a sociedade goiana e brasileira.

http://www.eldoradocarajas.org.br/

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