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domingo, 23 de janeiro de 2011


Origem
As origens do violão são incertas e desconhecidas no Brasil, mas acredita-se que veio pelas mãos dos europeus e foi, durante todo o período colonial, marginalizado pelas elites e adorado pelo povo.

Início

Em meados do século XIX o violão acompanha os instrumentistas nas rodas de choro e os cantores nas serestas, que se estendiam por toda a noite.De história recente, seus primeiros personagens conhecidos são de inícios do século XX: Sátiro Bilhar, Quincas Laranjeiras, João Pernambuco, Canhoto, Heitor Villa-Lobos, autores das primeiras obras do repertório brasileiro.
Em 1938 Attilio Bernardini publica Lições Preparatórias, baseado na escola desenvolvida por Tarrega e até hoje utilizado como importante método de iniciação para o instrumento.

Desenvolvimento

Na era do rádio, destacam-se as atuações de Garoto, virtuose que integrava a orquestra da Rádio Nacional, dirigida pelo maestro Radamés Gnatalli – que compôs muitas obras importantes para o violão –; e Dilermando Reis, o famoso violonista, que acompanhava o cantor Francisco Alves e deu aula de violão para o Presidente da República.
Em inícios dos anos de 1940, Ronoel Simões começa seu trabalho de coleta, divulgação e pesquisa de material sobre o violão, que tornou-se com o passar dos tempos um dos mais importantes e completos acervos do mundo.
Tendo sua importância cada vez mais reconhecida na vida brasileira, em 1947 é fundada a primeira cadeira de violão num conservatório do Brasil, a cargo de Isaías Sávio, o uruguaio que se tornou figura central nessa história, de onde derivam as gerações seguintes de grandes violonistas brasileiros.

Consolidação

Logo aparecem virtuoses adaptando e ampliando a técnica do instrumento para retratar as sonoridades do país: o universo rural revelado por Paulinho Nogueira, o vigor da música negra em Baden Powell.
Na geração seguinte surge o incrível Raphael Rabello, destacando-se tanto como solista quanto como acompanhante.
Importante também lembrar a atuação feminina nos meios violonísticos: Josefina Robledo, Maria Lívia São Marcos, concertistas de carreira internacional, ou a compositora Lina Pires de Campos, que dedicou ao violão o premiado “Ponteio e Tocatina”. Rosinha de Valença destaca-se com uma produção mais voltada à música popular.
Em constante crescimento, o violão passa a ser ensinado nas universidades, surgem os primeiros trabalhos científicos dedicados ao instrumento. Giacomo Bartoloni, professor de violão da Unesp, vira doutor em história com tese sobre o violão na cidade de São Paulo.

Contemporâneo

O país conta hoje com um grande número de violonistas importantes no cenário mundial do instrumento. Dois nomes que se destacam pela amplitude de seus trabalhos são os do Fábio Zanon, intérprete premiado de obra de Villa-Lobos e do repertório contemporâneo, que realizou uma série de importantes programas sobre violão veiculados pela rádio Cultura FM de São Paulo, e Paulo Bellinati, que tem uma extensa obra composicional publicada e gravou e transcreveu em partituras a obra do violonista Garoto, num trabalho de muita repercussão.
Três grandes expoentes do violão brasileiro têm se destacado como virtuoses do instrumento: Alessandro Penezzi, Marcel Powell e Yamandu Costa.
Hoje, violonistas brasileiros são reconhecidos em todo o mundo: atuam nas salas de concerto tradicionais da música erudita, na música popular e nas antigas festas e ritos do folclore. A escola de violão brasileira é considerada já uma das mais ricas do mundo.
Fonte: http://www.violao.mus.br

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