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Qual guitarra é mais adequada para mim ? (parte II)

sábado, 29 de setembro de 2012

Olá ! Nessa segunda parte do artigo, vamos continuar analisando as vantagens e as desvantagens que os modelos de guitarra mais conhecidos oferecem para os inciantes, dessa vez, analisando o modelo Les Paul.

Caso não tenha lido a primeira parte do artigo, clique aqui !

É recomendável também que você leia nosso tutorial partes de uma guitarra elétrica, caso não conheça bem as partes da guitarra ou tenha dúvidas sobre o seu funcionamento.

LES PAUL


Muita gente ainda não sabe mas Les Paul é o nome de um dos maiores guitarristas que já pisaram nesse planeta ! Lester William Polfus, mais conhecido como Les Paul, foi um pioneiro da guitarra elétrica, dono de um virtuosismo genial que marcou a história do instrumento com suas performances inacreditáveis nos estilos country, jazz e blues e também foi um grande inovador da tecnologia musical, sendo atribuído a ele, dentre outros inventos, a criação do gravador multipistas.





A Gibson Les Paul foi resultado da colaboração entre o designer de guitarras da Gibson Ted McCarty e Les Paul, tendo sido lançada na década de 50. Graças ao timbre encorpado e o "sustain" (tempo em que a nota permanece soando)  proporcionado pela construção de braço colado e pelos captadores tipo "humbuckers", a Gibson Les Paul foi adotada por grandes músicos da era clássica do Rock, como Eric Clapton (na sua fase com o John Mayall's Bluesbreakers), Jimmy Page, Pete Tonwsend, Peter Green, Gary Moore, Mick Taylor, Peter Frampton e muitos outros. A partir dos anos 80, com o renascimento do Heavy Metal, guitarristas como Randy Rhoads, Slash, John Norum e, posteriormente,  o pessoal do grunge,  houve um renovado interesse no modelo, que ainda é o grande sonho de consumo de boa parte dos aspirantes a guitarristas !

Assim como aconteceu com a Fender Stratocaster, o modelo Les Paul foi profusamente copiado por outros fabricantes, estando disponível em uma ampla faixa de preços, obviamente com igual variação na qualidade do instrumento...

Em sua versão mais comum, a Les Paul tem o corpo e braço feitos de mogno ("mahogany", em inglês). Como já dissemos no tutorial, o mogno é uma madeira cara e tem sua comercialização restrita (ou mesmo proibida, como no Brasil) por questões ambientais, então, não vamos ser ingênuos de acreditar que Les Pauls de baixo custo sejam construídas em mogno, mesmo quando o fabricante coloca essa especificação no site. É bem comum encontrar Les Pauls construídas em "nato", uma madeira parecida com o mogno mas que de jeito nenhum é a mesma coisa. Alguns fabricantes colocam esses instrumentos com a descrição "nato mahogany" ou mesmo apenas "mahogany" em seus sites, daí a confusão. O que não quer dizer que se a guitarra é de nato é ruim, pelo contrário, é uma madeira adequada à construção de instrumentos, apenas não vamos ser ingênuos de achar que é mogno real...

Braço Colado: Outro aspecto original das Les Paul é o braço colado, numa construção conhecida como "set neck".

Esta construção do braço é muito importante para obter a sonoridade clássica das Les Pauls, uma vez que favorece o "sustain" das notas. Algumas Les Pauls de baixo custo vêm com o braço parafusado, não recomendo que você compre uma Les Paul assim. Alguns iniciantes pensam que se comprarem uma Les Paul de braço parafusado podem depois apenas "colar" o braço. Na verdade isso não vai funcionar a contento, pois o encaixe do braço de uma guitarra de braço colado é totalmente diferente de outra com o braço parafusado, pode até colar mas pouco vai alterar o som.

Tampo de Maple: outro aspecto que merece comentários é o chamado "maple top", que consiste em um pedaço da madeira "maple" colada no corpo de mogno para fazer a parte da frente do corpo. O objetivo desse top de maple é duplo, do ponto de vista do timbre, se tenta equilibrar o timbre final do instrumento combinando os graves do mogno com os agudos do maple e do ponto de vista estético, o objetivo é a beleza do instrumento, já que o maple é uma madeira que pode ser obtida com bonitas figurações.


Tampo de Maple

No entanto, as Les Pauls mais baratas costumam vir com um falso "maple top", na verdade é apenas uma finíssima folha de maple colocada no topo do corpo apenas por razões estéticas (e realmente fica bonito) mas sem influência no timbre final do instrumento. Na verdade isso não chega a ser um problemas, já que muitas Gibsons Les Paul não vêm com tampo de maple (em geral a linha Studio) e nem por isso deixam de ser ótimos instrumentos.

Parte Elétrica: o circuito elétrico clássico das Les Pauls traz dois captadores humbuckers e quatro potenciômetros, um de volume e outro de tonalidade para cada captador, bem como uma chave ("switch") de três posições que permite selecionar um ou outro captador ou os dois junto, quando colocada na posição do meio.



Ponte: Outra características destes modelos é clássica ponte "tune-o-matic":



Ao contrário do que se pensa, a Les Paul é um modelo adequado aos iniciantes, é uma guitarra simples, robusta e versátil. Como sempre, existem vantagens e desvantagens que vamos listar aqui, como sempre, do ponto de vista de quem é iniciante:


Vantagens:
  • Versatilidade: se adapta a vários estilos (embora não tão versátil quanto as Stratocasters).
  • Robustez: a guitarra tem uma construção  robusta mas deve-se tomar cuidado com as quedas pois a construção inclinada do "headstock" costuma causar a sua quebra quando a guitarra leva um tombo, embora, na maioria dos casos, um Luthier consegue reparar esse desastre !
  • Fabricantes: muitos fornecedores com instrumentos nas mais variadas faixas de preços.

Desvantagens:
  • Preço: é um modelo que costuma ser mais ou menos uns 40% mais caro quando comparada com as Stratocasters.
  • Alavanca: não tem alavanca, isso pode ser um problema dependendo das músicas que você queira tocar.
  • Braço: nem todos se adaptam à pegada do braço mais grosso das Les Pauls clássicas mas existem modelos com braço mais moderno e mais fino.

A seguir, alguns vídeos mostrando o som característico das fantásticas Les Pauls para você conhecer melhor. Na continuação do artigo, vamos analisar as Superstrats, até lá e abraços !





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